A teoria financeira pode ser bela. O fato de o mundo real do capitalismo ser confuso e desumano e de envolver tanta hipocrisia e manipulação pode comprometer esse senso de beleza. Porém, a mesma constatação se aplica à natureza: apesar de toda a sua beleza, ela também produz coisas feias.

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Além da beleza da teoria em si, as finanças se tornam ainda mais belas em consequência de suas criações. Porque finanças tem a ver com desejos humanos e com possibilidades humanas, além de facilitar todas as atividades do dia a dia que constituem nossa vida laboral. Essas atividades imbuídas de propósito são em si belas.

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É essa facilitação da ampla variedade das atividades humanas - de uma sociedade humana ativa, com o compartilhamento e a apreciação da riqueza e da diversidade por todas as pessoas - que as finanças se manifestam com sua beleza mais genuína.

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(Robert Shiller, em Finanças para uma Boa Sociedade, pp.137-139)